No Brasil, a atividade econômica seguiu forte, com uma surpresa positiva no PIB do primeiro trimestre. Esse crescimento foi impulsionado pelo setor agropecuário, que avançou 21,6%. Como resultado, a expectativa de crescimento do PIB para 2023 foi de 1,6% para 1,9%.
Segundo o Ministério da Fazenda, a elevação da projeção se deve ao aumento do crescimento esperado para este ano, que se reflete na divulgação de indicadores econômicos com resultados melhores do que os projetados para o primeiro trimestre e para o início do segundo trimestre.
O economista Felipe Bernardi Capistrano Diniz projeta um cenário de desaceleração da atividade econômica ao longo do ano, se comparado ao crescimento de 2022. Isto porque os juros atuais se tornam um detrator para a atividade econômica, visto que o grau de endividamento das famílias e das empresas subiu consideravelmente nos últimos meses e o mercado de crédito continua restrito.
Na Zona do Euro, é importante destacar os sinais de enfraquecimento da produção industrial. A inflação ao consumidor desacelerou acentuadamente em maio, com o núcleo dos preços também enfraquecendo. Após algumas revisões positivas da atividade, que surpreenderam mesmo diante do choque de preços do gás, o BCE elevou os juros novamente, para 3,5%.
Na China, a recuperação perdeu força e os dados de março/abril foram decepcionantes, com vendas de imóveis ainda fracas em maio. A produção industrial cresceu 5,6% em abril em relação ao ano anterior, acelerando ante o ritmo de 3,9% observado em março. O impulso inicial da reabertura não foi suficiente para gerar um ciclo de crescimento, e agora o mercado espera mais estímulos do governo. Os dados mostraram um novo declínio no investimento imobiliário, o que aumenta as preocupações sobre as perspectivas para a segunda maior economia do mundo, já que seus motores de crescimento doméstico e de exportação permanecem fracos.